quarta-feira, 25 de abril de 2012

BRASIL: O PAÍS DO CAFEZINHO



Quantos escândalos acontecem por hora no Brasil? Imaginemos quantas pessoas estão nesse momento tirando vantagem pessoal de cargo público? Quantas licitações agora estão sendo negociadas? Quantos deputados, senadores, juízes, estão devendo ‘favor’ aos ‘Cachoeiras da Vida?
O escândalo do Cachoeira é só o reflexo do que ocorre em todos os lugares, em quase todos os momentos nesse país: gente aceitando um “cafezinho” para fazer as mais diversas coisas. Parece que foi ressuscitado um passado recente no Brasil, vivemos agora a mercê do café. O café voltou a ser o item mais importante na política, na economia e até nas empresas de telefonia.
É muito comum vermos nas filas dos bancos, pessoas trazendo galinhas, capotes, queijos e toda a sorte de quinquilharia pra dar ao guarda pra entrar na frente. É comum encontrarmos policiais na estrada que ‘exigem’ o cafezinho para deixar a gente seguir, mesmo que estejamos completamente dentro da lei, eles insistem e querem a todo custo o danado do cafezinho.
Na política tem grupamentos que mudam de ‘ideia’ e pensam igualzinho a quem lhe der um cafezinho. Como gostam de café os políticos. Como gosta de café esse povo.  Em todo lugar, em todas as instâncias existe uma solução que gira em torno do ‘cafezinho.
Longe de mim dizer que todas as classes e todos os políticos gostam de fazer esse jogo sujo. ODEIO GENERALIZAR. Tiro o meu chapéu para os honestos, tiro meu chapéu para os que não gostam do ‘cafezinho’ no sentido figurado.
No entanto, os acontecimentos recentes vem provar que o ‘cafezinho’ é solução, e entorpecente para mudar toda a sorte de tudo que você possa imaginar. Idéias, contratos, licitações, CPI’s. Será que o café virou moda?
Será que podemos convencer qualquer um dando um ‘cafezinho’?
Espero que um dia o cafezinho volte a ser apenas um bebida que oferecemos aos amigos, sem segundas intenções.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O ESQUECIMENTO É A ARMA DO CORRUPTO

Em meio a tantos escândalos recentes nos noticiários de TV e mídias de todas as formas, chega a mim uma inquietação perturbadora: O que está acontecendo com a memória do povo brasileiro?
Será mesmo que a geração que pintou o rosto e lutou pela redemocratização do país, e que posteriormente conseguiu destituir um presidente da república por conseqüência de uma manifestação maravilhosa  morreu? Será que a população aceitou a condição de mera explorada e se acostumou com a vergonhosa roubalheira instaurada no seio da administração pública?
A perturbadora verdade paira nas cabeças de tantas pessoas de bem. Exploradas com uma carga monstruosa de juros, sem ver suas necessidades básicas atendidas, vendo Josés e Joãos agonizando em leitos de hospitais sem a menor estrutura para o atendimento razoável, pior, sem ter atendimento algum. Vendo passivamente, médicos desrespeitosos, políticos desrespeitosos, pessoas que não fazem o menor esforço para o bem estar desse povo.
O corrupto se aproveita da falta de ação popular e se beneficia com o acumulo de escândalos e esquemas que agora, são recorrentes; tem um por semana. O corrupto aproveita a pouca memória do povo. Quem lembra de Marcos Valério? Ou dos esquemas milionários do mensalão? Quem lembra que Carlos Lupi era ministro do Trabalho e agora possa de bonzinho na propaganda do seu partido?
Quem lembra que uma sociedade é feita com a participação do povo? E para ocorrer tal democracia o povo precisa lembrar? Não adianta encher jornais e noticiários com denúncias de corrupção de todas as formas. Precisa-se com urgência de gente capaz de lembrar que o marajá dos esquemas é candidato.
Precisa-se urgentemente lembrar, ou teremos um país de escândalos teatrais e resultados sempre decimais e negativos.

                                                            Hidrolândia Notícias

terça-feira, 10 de abril de 2012

ELES ESTÃO VOLTANDO

O Brasil é um país que possui um dos maiores sistemas democráticos do mundo, com tecnologia e segurança para realizar e gerenciar uma eleição geral numa nação com dimensões continentais, no entanto, tem um povo que bate no peito e se ufana de não saber nada sobre política.

Para o brasileiro o cenário da política nacional, nada tem de sua participação. O próprio eleitor enche a boca e proclama com orgulho que todo político é ladrão, e que o seu voto serve apenas para eleger ou reeleger mais um corrupto que nada fará de benefícios para a coletividade. E essa generalização não é à toa, benefícios políticos para o povo brasileiro, tem de ser individuais. Mesmo que todos saibam que política é uma ciência social que versa sobre o coletivo.

Já dizia um velho sábio: “todo povo tem o governo que merece”, apesar de lamentar essa máxima, tenho que infelizmente salientar o seu lado verdadeiro. Como se pode cobrar seriedade de alguém, se o credor não possui a tal seriedade? Como se pode falar de manipulação de massas, coronelismo mimetizado, venda de apóio político, desvio de verbas, licitações fraudulentas, se o próprio eleitor faz do seu voto uma moeda de troca, portanto um custo? Para o político brasileiro, eleição se tornou um negócio caro, e qualquer um sabe que boas propostas e boas intenções não elegem ninguém.

O eleitor fez um “mercado de votos”, onde só os poderosos sobrevivem. Fortes podem proteger os frágeis? Se para o povo, benefícios coletivos, políticas públicas efetivas e obras que acolhem necessidades da coletividade não fazem bons representantes, quem é injusto, o político ou o povo? Num cenário em que pneus valem mais que escolas construídas, é difícil definir onde está a verdadeira falha de gestão, é nas autoridades ou em quem as elege?

Generalizar e dizer que existem apenas políticos desonestos, vangloriando-se da própria ignorância, nada mais é que ser injusto com os bons políticos. Aqueles que tentam trabalhar coletivamente e se fazem diferentes na execução de uma política social efetiva. Ainda existem bons representantes que precisam ser fortalecidos e reconhecidos pelo povo. Pensar pelo bem da sociedade é ser político, e queira ou não, política é inerente ao ser humano, e está intrinsecamente ligada a sua alma.

Não entender de política é dar vez aos políticos sazonais, aqueles que aparecem como “borracheiros”, de tempos em tempos. Que pousam como aves migratórias e se fartam da ignorância do povo, “fazer política é ter dinheiro”, gaba-se o eleitor satisfeito, com pneus novos e ruas esburacadas. No entanto quem ganha mais? O eleitor que se diz não político ou o pseudo-político?

As eleições são iminentes, e as aves migratórias chegarão de revoada, grasnando críticas infundadas e cuspindo discursos prontos, o eleitor ainda tem duas escolhas, servir de alpiste para bicos famintos ou escolher o que tem de bom. Será que quem não entende o sistema e se diz não político pode ter essa responsabilidade? Pode não parecer, mas solução está em suas mãos, o voto é o único mecanismo para separar o joio do trigo.
Hidrolândia Notícias